domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dúvidas e Dádivas

O que esperar de algo como isso?
O que entender pensando nisso?
O que fazer levando em conta o que foi dito?
Como fazer para perder o medo de cair no abismo?
Como fazer que o todo seja contado?
   Para que algo inacumulável possa ser
    Constado
   E por um minuto falado
     totalmente concentrado
     a apenas uma energia
    instável
    inadmissível
   Incapaz de ser iludido
  mas no fim;

Como fazer para não ser visto?
   Mas sentido
Do mais puro toque de amor
    que contorna minha dor
    com teu silencio tolerante
    deixando esse instante
    um tempo amargante
Onde a eclipse entre nossos olhares
   Foi fixada e contemplada
Dês dos nossos destinos, a nossas estradas

Onde acharei minha amada?
   Esquecendo do "onde"
    do "por que"
   Das dúvidas do passado
   Vivendo o presente deixado
    que por deus foi enviado
    e homenageado me dizendo
   Que não importa o que tenho,
    mas com quem tenho
   Que nenhuma flor
     supero meu amor!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Viva o agora

Me perguntes que horas têm;
    Te direi que é agora
Me perguntes que horas foi;
    Te direi que não lembro
Me perguntes que horas serão;
    Te direi que não sei
Me perguntes a onde estou;
    Te direi aqui
Me perguntes a onde estava;
    Te direi não interessa
Me perguntes a onde vou;
    Te direi que vou seguir os pássaros

Mas me perguntes então,
Em qual parte da minha vida fui feliz;
  Te direi que foi a hora em que deixei de olhar o relógio para olhar o dia;
    Que deixei de olhar o calendário, para olhar o meu chão;
    Que deixei de levar em conta o passado, para seguir em frente;
    Que deixei de ver a onde vou, para ver a onde estou.

Te direi então;
    nesse dia eu fui feliz.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Preciso

Eu preciso disso
uma forma de me enganar
arredondado o que sinto
de uma forma altamente aparecível

Preciso de alguma forma
construir em baixo desse castelo
um buraco na areia paralelo
com meus sonhos e pensamentos

Me afogar no mar dentro dele
voando sobre mim o que não consigo ver
mas sim,
de alguma forma sentir o que ainda está por vir

Preciso estupidamente fechar meus olhos
ver o que quero
não o que meus sentimentos me obrigam a ver
viver aquilo que não me influencia ao nada

Quem sabe, assim consiga
superar tudo diante a essa inércia
envolvendo toda massa pensante
a uma unica razão constante

Que padece sobre meu espírito
contra-ditando um mito
o tornando irreversível
para que isso seja como aquilo

E não faça nenhum sentido
além do único dito
nesse mesmo instante
que me afogo no imprescindível.